A prova objetiva do concurso para guarda municipal de João Pessoa vai
ser anulada, segundo informações do procurador-geral da capital,
Vandalberto Carvalho. A decisão foi tomada durante uma reunião na última
quarta-feira (23) entre ele, o promotor de justiça e curador do
patrimônio público, Adrio Nobre Leite, e a comissão criada pela
prefeitura para acompanhar o caso
. Segundo o procurador, a perícia
comprovou que houve fraudes na prova e que seria impossível que os 34
candidatos tivessem gabaritos idênticos, com erros e acertos da mesmas
questões.
Ainda assim, essas pessoas não vão ser proibidas de fazer novamente as
provas, isso porque, de acordo com o Carvalho, processo de investigação
criminal ainda não foi concluído. Mas ele explicou que caso os suspeitos
sejam condenados penalmente, será aberto processo administrativo e eles
poderão ser demitidos, mesmo depois da contratação.
O novo edital vai ser publicado em até oito dias, a partir daí, o
Instituto Brasileiro de Formação e Capacitação (IBFC), empresa
responsável pelo concurso, tem prazo de quarenta dias para realizar uma
nova prova. As outras etapas do concurso serão mantidas. A segunda fase é
o curso de formação, com caráter eliminatório e classificatório.
Entenda o caso
A prova objetiva do concurso para Guarda Municipal foi aplicada no dia 25 de março. De acordo com o presidente do instituto, Alexandre Faraco, 34 candidatos tiveram gabaritos idênticos, acertando e errando exatamente as mesmas questões. Entre os envolvidos, 32 são moradores de Pernambuco.
A prova objetiva do concurso para Guarda Municipal foi aplicada no dia 25 de março. De acordo com o presidente do instituto, Alexandre Faraco, 34 candidatos tiveram gabaritos idênticos, acertando e errando exatamente as mesmas questões. Entre os envolvidos, 32 são moradores de Pernambuco.
A principal hipótese é de que uma quadrilha que seria especializada em
fraudar concursos públicos tenha usado um ponto eletrônico. Segundo o
presidente do instituto, um caso semelhante já foi investigado no estado
vizinho. Cerca de 20 dias depois, o Ministério Público da Paraíba
anunciou a instauração de um inquérito civil público para apurar
suspeitas de fraudes.
Um total de 13.323 candidatos se inscreveram para concorrer às 250
vagas oferecidas, com remuneração inicial de R$ 1,4 mil. As provas com
questões de múltipla escolha foram aplicadas em 18 escolas de João
Pessoa. Havia perguntas nas disciplinas de português, matemática,
informática, conhecimentos gerais, sociologia, atualidade e noções
básicas de direito.
Fonte: G1pb
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