Alguns candidatos ao cargo de Supervisor
de Ensino do concurso da Prefeitura de Bayeux, na Grande João Pessoa,
se sentiram prejudicados na manhã deste domingo (24), durante a
aplicação da prova. Isto porque, quando as provas foram entregues, seis
candidatos ficaram sem provas.
Segundo a candidata Cláudia Fonseca, que estava no local, a falta
dessas provas causou um tumulto na sala. “O pessoal da organização pedia
que a gente ficasse em silêncio, não falasse nada, para não atrapalhar
as outras turmas. Mas era impossível, todo mundo estava indignado”,
contou ao G1.
Cláudia explicou que o envelope veio
lacrado e que nenhum dos candidatos da sala dela faltou à prova. Ela
ainda disse que só às 8h50, 50 minutos depois do horário de início do
concurso, um coordenador chegou com um novo envelope lacrado com 10
provas. “Como somem seis provas e eles aparecem com 10? Que garantia tem
esse concurso?”, questionou. De acordo com ela, os candidatos que
receberam as provas do novo envelope ainda perceberam que elas eram
cópias.
Segundo Cláudia, ela e os colegas ainda cogitaram a possibilidade de
não realizar a prova, mas foram orientados a fazer e só depois recorrer.
“Fizemos por questão de finalização, pois ninguém tinha condições
psicológicas de fazer uma prova com 40 questões”, reclamou. “Se fosse um
erro nosso, como o celular tocar na sala ou alguém chegar atrasado, não
seria perdoado”.
Fizemos por questão de finalização, pois ninguém tinha condições psicológicas de fazer uma prova com 40 questões” Cláudia Fonseca, candidata.
Os candidatos presentes no local fizeram
uma ata registrando a irregularidade no concurso e alguns ainda foram à
delegacia prestar queixa do ocorrido. O delegado Manuel Neto, da 5ª
Delegacia Distrital, em Bayeux, confirmou que o Boletim de Ocorrência
foi feito no local. Cláudia Fonseca ainda garantiu que os candidatos vão
se reunir nesta segunda para procurar o Ministério Público e pedir o
anulamento do concurso.
A secretária de Administração de Bayeux, Elizabeth Andrade, explicou
que a responsabilidade pela aplicação do concurso não é da Prefeitura e
sim da empresa, no caso a Contemax. O diretor administrativo da empresa,
Clodoaldo Maximino, por sua vez, disse que houve um erro humano na hora
da contagem das provas.
“Para uma turma que tinham 26 candidatos, foram só 20. Para outra
turma, com 30 candidatos, foram 36, por isso houve o problema”,
justificou. “Errar na contagem é humano. Principalmente em um concurso
com cerca de 15.100 candidatos. Não houve a intenção de prejudicar
ninguém”.
Segundo ele, o outro envelope com 10 provas apareceu porque pra cada
unidade vai um conjunto reserva de provas para substituição caso ocorra
algum problema, como erro de impressão ou de montagem. “Isso é normal
em todo concurso. E não houve prejuízo, só houve atraso por conta do
deslocamento da coordenadora para ver o que aconteceu antes da abertura
do envelope novo. O sigilo estava garantido, uma vez que estava
lacrado”, comentou Maximino.
Ele ainda acrescentou que o prazo para o término da prova foi
prorrogado em 20 minutos, mas que os candidatos não precisaram desse
tempo a mais.
Fonte: G1 PB
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